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O Governo de Minas Gerais publicou, nesta quinta-feira (21/1), no Diário Oficial, o Decreto nº 46.933 de 20 de janeiro de 2016. que torna obrigatório, aos servidores públicos estaduais, apresentar anualmente a declaração de bens e valores de seu patrimônio privado. A medida, que envolve todos os agentes públicos da administração pública do Executivo estadual, complementa as já exigidas entregas de declaração no ato da posse e também quando o servidor for deixar o cargo, emprego ou função.

“O Decreto vem ocupar uma lacuna no cumprimento da Lei de Improbidade Administrativa pelo Estado de Minas Gerais. Até então, a administração exigia a entrega da declaração de bens e valores no ato da nomeação e no desligamento, mas não cumpria a Lei quanto à obrigatoriedade da atualização anual, requisito fundamental para se fazer uma análise da evolução patrimonial do agente. A probidade é uma condição exigida pela Lei e, com certeza, esperada pela sociedade”, afirma Secco.

Sispatri-MG

O decreto também oficializa a implementação do Sistema de Registro de Bens dos Agentes Públicos (Sispatri-MG). Por meio desta ferramenta, os servidores estaduais da administração direta e indireta passam a declarar eletronicamente, a partir deste ano, seus bens e valores. A ferramenta será gerenciada pela Controladoria-Geral do Estado (CGE-MG) e vai auxiliar na identificação de casos suspeitos de enriquecimento ilícito, isto é, de agentes públicos que tiveram evolução patrimonial incompatível com a remuneração.

"O Sispatri dará suporte a uma elaborada metodologia de análise patrimonial utilizada pelo setor de inteligência da CGE-MG. A partir da declaração anual, serão estabelecidos cruzamentos com outras fontes de informação, que evidenciarão potenciais casos de enriquecimento ilícito", observa o controlador-geral em exercício. "A Controladoria já celebrou mais de 15 parcerias com diversos órgãos para ter acesso aos bancos de dados, como cartórios de registro de imóveis, de registro de pessoas jurídicas e Ministério do Trabalho", complementa.

A Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge) é a gestora do sistema eletrônico e responde pela integralidade e inviolabilidade das informações.

Declarações

A declaração anual de bens e valores deve ser apresentada de 1º de abril a 31 de maio (ou quando este não for dia útil, no primeiro dia útil subsequente).  Os agentes públicos estaduais contam com três opções para entregar a declaração de bens e valores: formulário próprio; cópia da seção Bens e Direitos da declaração anual de imposto de renda, apresentada à Receita Federal, com as respectivas retificações, quando for o caso; ou pelo sistema eletrônico de registro de bens e valores.

Em sua página, a Controladoria-Geral do Estado (CGE) vai disponibilizar, no período de declaração, o acesso ao sistema eletrônico de registro de bens e valores. No sistema, inclusive, há funcionalidade para receber cópia eletrônica da seção Bens e Direitos da declaração anual de imposto de renda. “Os servidores podem optar por preencher conforme o modelo do formulário ou imprimir a aba Bens e Direitos da Declaração do Imposto de Renda e entregar na respectiva unidade de Recursos Humanos (RH)”, esclarece Secco. “No caso de utilização do formulário, os dados a serem declarados devem ser os mesmos dos expressos para a receita federal”, acrescenta.

Detalhes podem ser verificados no Decreto nº 46.933 de 20 de janeiro de 2016..

Com Assessoria de Imprensa da Ouvidoria-Geral do Estado

O controlador-geral de Minas Gerais em exercício, Dany Secco, disse nesta quinta-feira (14/01) que o Estado ganhará, em 2016, o Observatório da Despesa Pública. “É um sistema informatizado, com ferramentas de investigação moderna, que permite fazer uma análise sistemática das despesas, dos desembolsos do Estado”, anunciou ele no programa Ouvidoria e Cidadania, transmitido pela Rádio Inconfidência (AM 880), às quintas-feiras, às 13 horas.

Dany Secco também falou sobre a chamada “sindicância patrimonial”, que vai apurar o enriquecimento ilícito de servidor público, que deverá, anualmente, declarar a evolução patrimonial por meio de um sistema eletrônico. “Se houver enriquecimento ilícito, aí sim se faz o devido processo disciplinar.”

O controlador-geral comemorou o avanço da transparência na gestão estadual em 2015. Minas Gerais passou de 15º para a primeira colocação na escala Brasil Transparente, da Controladoria-Geral da União. Ele contou que foi implementado um sistema informatizado para reunir os pedidos dos órgãos. “Anteriormente era feito por e-mail, não tinha um agilidade, uma facilidade de controle do que estava sendo pedido”, explicou Dany Secco.

Houve também treinamento dos servidores, o que fez melhorar a qualidade das respostas e o cumprimento mais efetivo dos prazos. Em 2015, foram mais de 5 mil solicitações, 68% a mais do que no ano anterior. “Tivemos uma recepção maior de pedidos de acesso à informação e um tratamento mais adequado e de melhor qualidade para prestar essa informação ao cidadão mineiro.”

Ouça a entrevista completa clicando aqui.

Governador Fernando Pimentel e controlador-geral Mário Spinelli fizeram balanço das ações da Controladoria em 2015, quando foram julgados 434 processos administrativos e demitidos 183 servidores

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, participou nesta sexta-feira (18/12) do lançamento do novo Portal da Transparência elaborado pela Controladoria-Geral do Estado (CGE). Ao lado do controlador-geral do Estado, Mário Spinelli, o governador afirmou que, ao longo desse primeiro ano de governo, o órgão de controle fez uma reformulação de seu trabalho, o que representa um avanço significativo da transparência da gestão. O novo portal apresenta um nível maior de detalhamento, facilitando o acesso da população ao trabalho do governo.

“Acessando o portal é possível saber o salário de qualquer servidor público do Estado, além das despesas agregadas. O portal está fácil para qualquer cidadão acessar e entender a dinâmica de gastos e receitas do Estado. O Mário Spinelli reestruturou de forma permanente a Controladoria, o que foi excelente para o governo”, destacou.

Entre as novidades do Portal da Transparência está a criação das abas “Planejamentos e Resultados” e “Contas do Governador”, que disponibilizam documentos como o Programa Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI), além de informações sobre a gestão fiscal do Estado. O novo site também permite aos usuários quatro possibilidades para consultar no campo “despesas”: por órgão, fornecedor, programas e função, além de gerar gráficos interativos para facilitar a compreensão dos dados. O novo portal pode ser acessado pelo endereço http://www.transparencia.mg.gov.br/

Balanço das ações

Fazendo um balanço dos 11 meses de atuação da equipe da CGE em Minas Gerais, Pimentel citou os processos deixados em aberto pela gestão anterior e que foram concluídos. “Quando assumimos o governo, a Controladoria tinha mais de 400 processos disciplinares contra funcionários do Estado, alguns casos graves. Eram processos que estavam lá parados há dois, três anos, e com as pessoas desempenhando suas funções. Esses processos todos foram examinados e ocorreram 183 demissões”, completou.

Mário Spinelli acredita que o trabalho desenvolvido neste ano foi importante para Minas Gerais. “Encontramos uma CGE inteiramente desestruturada, com procedimentos e rotinas arcaicas. Não tinham ações mais efetivas na área disciplinar. Na área de transparência também havia muitos problemas. O Estado era mal avaliado nos rankings nacionais de transparência”, avaliou o controlador geral do Estado.

A reestruturação do site estava entre as medidas detectadas em um diagnóstico realizado pela CGE para melhorar o cumprimento da Lei de Acesso à Informação em Minas. As ações realizadas para melhorar a transparência e o fornecimento de informações públicas colocaram o Estado no topo da Escala Brasil Transparente da Controladoria-Geral da União (CGU).

No ranking divulgado em novembro deste ano, Minas Gerais saltou da 15ª posição para a 1ª, tendo recebido a nota mais alta em todos os quesitos avaliados, entre eles o cumprimento do prazo de resposta. Somente neste ano, cerca de 540 mil acessos foram registrados no portal e os pedidos de acesso à informação cresceram 68% na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 5.029 solicitações. Um total de 502 denúncias foram recebidas pelo órgão, que também implantou um setor de inteligência para análise patrimonial dos agentes públicos.

As empresas que mantém contratos com o Estado também foram fiscalizadas: 133 delas foram incluídas no Cadastro de Fornecedores Impedidos, ou seja, não podem ser contratadas pelo governo. Três empresas respondem a processos administrativos de responsabilização, segundo a lei anticorrupção. Auditoria realizada pela CGE identificou R$ 115 milhões em possíveis danos aos cofres públicos.

(Com Agência Minas)

Controlador faz balanço das ações de 2015 e lança Portal da Transparência

A Controladoria-Geral do Estado (CGE) e a Secretaria de Estado de Educação (SEE) assinaram hoje (22) uma resolução conjunta para fortalecer a apuração de ilícitos administrativos e fomentar ações de prevenção e aperfeiçoamento disciplinar no ambiente educacional. A cooperação técnica entre os órgãos tem como objetivo reestruturar o Núcleo de Correição Administrativa (NUCAD), subordinado à Auditoria Setorial da Secretaria de Estado de Educação, e disseminar o conhecimento das normas que regem a atuação dos servidores públicos.

De acordo com a resolução, caberá ao NUCAD, entre outras ações, propor medidas de caráter preventivo e corretivo, acompanhar procedimentos de apuração e investigação preliminares, promover diligências e coordenar atividades de prevenção de ilícitos administrativos.

“O NUCAD desenvolverá ações preventivas e repressivas, buscando a redução do tempo médio das apurações e o aumento da efetividade dos processos instaurados. Certamente, com auxílio da CGE, o resultado de suas ações impactará positivamente na gestão, contribuindo para o aperfeiçoamento das políticas públicas de educação”, afirmou o subcontrolador de Correição Administrativa, Rafael Amorim de Amorim.

O subcontrolador lembrou ainda que a Secretaria de Educação possui dois terços da força de trabalho do Estado, sendo essencial a reestruturação do Núcleo para o fortalecimento de suas ações disciplinares. Além dele, participaram da assinatura da resolução, o controlador-geral em exercício, Dany Andrey, a secretária de Educação, Macaé Evaristo, e o secretário adjunto de Educação, Antônio Carlos Pereira.

Cooperação para fortalecer ações disciplinares

O Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, assinou hoje (17/12) decreto (46.906/2015) que institui o Ajustamento Disciplinar no âmbito da Administração Pública. O novo procedimento, proposto pela Controladoria-Geral do Estado, concede, por meio de um acordo, a oportunidade de o servidor reconhecer a irregularidade cometida e ajustar sua conduta em observância aos deveres e responsabilidades previstos na legislação vigente.

O Ajustamento Disciplinar trará mudanças significativas à atividade correicional no Estado, conferindo maior racionalidade às ações disciplinares, com aumento da celeridade, economicidade e efetividade. A expectativa é que haja uma redução de 50% do número de processos disciplinares instaurados e, consequentemente, em virtude da menor sobrecarga das corregedorias, a diminuição do tempo médio de conclusão desses procedimentos.  

O Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) contempla todos os agentes públicos do Poder Executivo Estadual e poderá ser formalizado no caso de infração sujeita às penas de repreensão ou suspensão. Contudo, para a assinatura, devem ser observados requisitos como a inexistência de dolo ou má-fé por parte do agente público, histórico funcional, inexistência de prejuízo ao erário e inexistência de sindicância ou processo administrativo disciplinar em andamento para apurar outra infração.

Para o Subcontrolador de Correição Administrativa, Rafael de Amorim Amorim, o Ajustamento Disciplinar é medida disciplinar inovadora no Estado e está em consonância com os princípios que norteiam a Administração Pública e com as práticas administrativas mais modernas, baseadas no diálogo e na consensualidade entre os diversos agentes públicos. “No lugar da imperatividade, privilegiar-se-á, em certos casos, uma postura pautada na bilateralidade, horizontalidade e cooperação, buscando-se uma gestão mais integrada e compartilhada entre Administração Pública e servidores”, concluiu.

A duração dos termos de ajustamento varia de um a dois anos, dependendo da irregularidade cometida pelo servidor. Decorrido o prazo previsto e não ocorrendo qualquer descumprimento dos seus termos, haverá a declaração de extinção de punição. A nova norma também tem como objetivo promover a cultura da conduta ética, prevenir novas infrações administrativas e possibilitar o aperfeiçoamento do agente público e do serviço público.

Números

De janeiro até hoje, 183 servidores já foram excluídos da administração pública estadual pela Controladoria-Geral do Estado, superando a soma do número de expulsões dos últimos três anos. Foram aplicadas ainda 86 repreensões e 74 suspensões. Para ampliar as ações de transparência, a Controladoria divulga em seu site relatórios trimestrais com os resultados dos processos administrativos disciplinares instaurados.

Acesse o Cadastro dos Servidores Públicos Civis Excluídos da Administração Pública Estadual (CEAPE).